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segunda-feira, 19 de abril de 2010

Oficina de Musicalização

Hoje, 20 de Abril iniciou-se o curso de Musicalização em Viola de Cocho. Instruído por mestres cururueiros de diversos grupos de Cururu e Siriri de Cuiabá e de Várzea Grande, o curso ministrado nesta manhã, recebeu visita do Secretário de Cultura que em entrevista para a TV Record afirou durante a entrevista que a valoziração da cultura matogrossense é um fator importantissimo para o desenvolvimento pessoal/social e cultural da sociedade.
Alunos do curso de musicalização não se intimidaram com a Viola de Cocho
Secretário de Cultur do Estado de Mato-Grosso- Oscimario
Mestre cururueiro instruindo aluno no curso de musicalização


Fotos: Lívia Mendonça

sexta-feira, 16 de abril de 2010

Apresentação de “Raízes Cuiabana” na Abertura da 4ª Conferência Nacional das Cidades

Cururueiros e Siririeiros Mirins- Resgate da Cultura

Os representantes dos municípios de Mato-Grosso e autoridades presentes na da 4ª Conferência das Cidades, assistiram à apresentação do grupo de Cururu e Siriri “Raízes Cuiabana” da comunidade Parque Ohara de Cuiabá, convidados em SEC-MT para a divulgação das ações do projeto “Pontão Viola de Cocho”. Em parceria, a SEPLAN cedeu espaço para a exposição de objetos que retratam o Cururu e Siriri.

O projeto “Pontão de Cultura Viola de Cocho” tem como objetivo fomentar a economia, a cultura e o desenvolvimento humano aplicando atividades que agregam valores à sociedade. Presente em mais de dez municípios do Vale do Cuiabá, Centro e Sudoeste de Mato-Grosso, o Pontão de Cultura apóia os manifestos culturais regionais, transformando-os em valores que colaboram para o desenvolvimento do Estado e da Cultura.

Pontão de Cultura Viola de Cocho- 65. 3613-0222


  
Pequenos que agregam valor à cultura de MT.


Cururueiros tocando Viola de Cocho e Ganzá
  
Elementos do Cururu e Siriri: Em apresentação e em demonstração  para os visitantes do evento

 

segunda-feira, 5 de abril de 2010

  A partir do dia 30 até o dia 09/04/2010 estão abertas as inscrições para o curso de musicalização e fabricação de viola de cocho, ministradas por mestres cururueiros do Vale do Cuiabá.
  A viola de cocho é considerada patrimônio histórico imaterial de Mato-Grosso e a sua divulgação como instrumento de conhecimento, estudo e adoração são expressões que configuram o objeto como fator cultural-social de perpetuação e desenvolvimento humano.
  O objetivo da oficina é destacar os ensinamentos artesanais tais quais: a sua produção, manipulação e acabamento como a importância da musicalidade como principal elemento cultural mato-grossense: a viola de cocho.
  Aberta ao público geral, as oficinas acontecerão nos períodos matutinos e vespertinos, sendo que o período matutino ocorrerá a oficina de musicalidade e nos dois períodos a oficina de fabricação da viola de cocho.
  A data de início das oficinas será 12/04/2010 até o dia 30/04/2010 com a entrega de certificado de participação.
As inscrições podem ser feitas na sede provisória do Pontão ou por e-mail.
Além da Capital, as oficinas serão realizadas simultaneamente nos municípios de: Acorizal, Barão de Melgaço, Barra do Bugres, Cáceres, Chapada dos Guimarães, Dimantino, Jangada, Nobres, Nova Mutum, Nossa Senhora do Livramento, Poconé, Planalto da Serra,Rosário Oeste, Várzea-Grande,

Local: Secretaria de Cultura do Estado de Mato-Grosso (Pontão da Viola de Cocho) Av. Getúlio Vargas,247- Centro.
Data: 12/04 a 30/04

Inscrições: No local e pela internet através do email violadecocho@cultura.mt.gov.br
Horário das oficinas: 08 às 18h.
Informações: 3613-0222

Histórico do Cururu e Siriri

Grupo de músicos  entoando o Cururu (Divulgação)

 
  O Cururu e o Siriri são duas manifestações culturais das regiões pantaneiras de Mato Grosso do Sul e Mato-Grosso, sendo este último detentor da maior quantidade de ativistas desta manifestação tradicional de cântico e dança.
  Hereditário, o Cururu e Siriri, ainda de predomiância familiar, é um misto de elementos africanos, europeus (Espanha e Portugal) e indígenas que ecoam a religiosidade e a brincadeira.
O Cururu, ainda formado marjoritariamente por homens , apresenta-se na forma de cantoria entoando desafio ou celebração de louvores ao Santo. Forma-se uma roda ao toque da viola de cocho - instrumento carro-chefe da manifestação cultural. Após o louvor ao Santo, são  homenageados o rei e a rainha que adentram ao círculo munidos de aguardente, oferecendo a todos que ali se encontram. O cururueiro que toma um trago de aguardente, imediatamente canta para outro que então tomará e em seguida entoará canto para um outro e assim por diante.
  Os cantos são versados de sentimentos sobre diversificados assuntos, não podendo faltar entre eles o amor, a zombaria e muitos outros que caracterizam o canto e a inspiração destes cururueiros que devotam a sua vida na manifestação.
Viola de cocho. Instrumento carro-chefe do Cururu e Siriri

A dança cururu é ritimada por passos fortes, circulares, pulos e batidas de mão que fazem a marcação juntamente com os instrumentos. A sincronia entre os elementos homem-objeto-dança manifestam-se fortemente durante a apresentação que é um espetáculo de sentimento e fidelidade.
  Cururu, é um nome provavelmente originado de deturpação da palavra "Cruz". Segundo alguns estudiosos do assunto, a repetição da última sílaba pelos indígenas foi o elo da formação da palavra "Cururu".
  Trazida pelos colonizadores, a dança teve a finalidade de catequização dos Indios sendo este o motivo histórico da apresentação da dança diante da Cruz e do Altar.
  As celebrações cururueiras são realizadas principalmente entre os meses de Junho a Agosto, período de festejos juninos e são organizados pela irmandade que antigamente realizavam as festas com as próprias mãos. Segundo relata os festeiros mais velhos, estes afirmam que se organizavam ao longo do ano, reservando tudo aquilo que era de necessidade para a realização do festejo. Atualmente, os cururueiros contam com a colaboração de autoridades e secretarias que incentivam o festival de "Cururu e Siriri"

Grupo de Siriri Melhor Idade,  Comunidade Vaginha Santo Antônio-MT

 
  Diferente do Cururu que predominantemente é uma roda de homens, o Siriri é uma dança de pares,- casais e um gênero musical que é guiado além da viola de cocho, o ganzá e o tamboril, conhecido também por mocho. Dançado principalmente por mulheres, em festas católicas, carnavais e em festivais durante o ano todo, o Siriri é uma dança marcada por compasso de estilo de canto responsorial, de textos e estrofes solo, curtos e leves que expressam menos conhecimento religioso que no Cururu.
Enquanto no Cururu se entoa a Santos, brincadeiras e zombarias, no Siriri, predomina-se o cântico temal de pássaros e outros animais, mulheres. A dança que é de roda, transforma-se também em dança de fila, sendo uma de homens e outra de mulheres.
O Siriri surgiu diferentemente do Cururu. De dança de terreiro, o Siriri é uma apresentação de "segundo plano", tendo menos importância que o Cururu, porém, a sua força nos festejos e festivais, vêm demonstrando que o Siriri é de grande valia, mesmo praticado em terreiros. Em sua essência, o Siriri era o momento exato para flertes entre rapazes e moças devido à severidade da educação nos meados de 1900.
  O uso de uniformes nas apresentações dos grupos, é uma mudança de comportamento,pois, em seu início, os festeiros usavam a sua melhor roupa para ir festar e atualmente com a frequência de exposições, o uso do uniforme possibilita não somente a identificação do grupo mas também harmonização entre a dança e a comunicação.
  Com a crescente exposição, o Siriri tem se portado também conciliador cultural nas escolas públicas, seus passos e cânticos são ensinados e assim novos grupos são formados.